quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Thássio

JEREMIAS O PROFETA DA CHUVA


“Alumiado" pelo lampião,
Acordar cedo e ir pra labuta.
Vem conhecer mais o sertão
Através de Jeremias o profeta da chuva.

Jeremias, cabra sabido
Na terra em que sol faz sofrer.
A natureza era seu maior livro
E era dela que ele dizia se ia ou não chover.

Homem do tempo no jornal, lá não existia
O povo confiava era na experiência de Jeremias,
Através da terra, vento, sonhos, pedras de santa Luzia
É onde ele descobre se ia fazer sol ou se chovia.

Deus no céu, Jeremias na terra
Até o cabra mais cético respeitava.
Provido de fé, suas experiência nunca erra
O que a mãe natureza decretava.

O sertão era tão real
Que eu já tava até sentindo calor,
E se não me falam que era peça teatral
Eu jurava que tava no meu interior.

Repentista, feira livre, rezadeira
Eu já me sentia em casa.
Bonecos, forró, lata d'água na cabeça
Até festa de reis, na peça se encontrava.

Objeto de madeira voando
Não sabia nem p/onde olhar
Era tanto detalhe tão brando
Que os "zoi" não parava de brilhar.

Apesar disso tudo
Vem uns "intelectuá", metido a sabido,
O povinho linguarudo
Disse que o assunto é muito abatido.

Que os personagem ta este...estere... estereotipados
Que a peça só tem angustia,
Esses críticos são uns abestaiados
E depois eu que tenho a mente rústica.



Acho que nem se tocaram
Do paralelo que a peça tem,
Que desde a "bíblia falavam"
Que Jeremias preveu o fim de Jerusalém.


Dias melhores, eram esperanças.
No sertão a maioria ficava.
A teimosia parecia de criança,
Mas não saiam de lá nem "no ultimo pau de arara"

E tava tudo lá, claramente distinguido
Resistente feito mandacaru
E é sem rima na próxima linha, por conta do termo pejorativo.

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