quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fabiana Almeida

DDD Delegacia dia a dia


A peça é feita pelos próprios policias, alguns aposentados e outros ainda exercendo suas respectivas funções, apresentada em 31 de outubro (apresentação única) no Teatro Dias Gomes, comemorando a semana em que se encontra o dia 26, dia dos comerciários.

A peça relata de uma forma divertida e dinâmica o dia-a-dia das autoridades públicas, nesse caso os policias.
Inicialmente demonstra de forma totalmente dispersa tranqüila e à-vontade dentro do seu ambiente de trabalho.
Servindo como critica pra eles mesmo, no mesmo momento e demonstrado como nada funciona em um ambiente publico, cadeiras, telefones, portas, mesas e outros, todos em mal estado de conservação.
Logo após passa cenas de situações vividas todos os dias em uma delegacia e os efeitos em que ela causa em sua vida pessoal sempre em forma de comédia.

Em primeiro momento foi passado um descaso em relação as suas tarefas e responsabilidades confirmando as criticas feitas aos servidores públicos e provando que realmente os meios para se trabalhar eram precários ao que se referiam aos móveis, eletros e estruturas. Mas com o passar da apresentação pude perceber que e mais um trabalho digno de melhorias principalmente psicológicas, pois é necessário ter uma estrutura totalmente preparada para que os problemas da sociedade não venham interferir em sua vida pessoal. Ao termino da apresentação minha mente a todo o momento gritava, realmente devemos valorizar todos os profissionais, pois com essa jornada de trabalho não é nem um pouco fácil chegar à casa de alto astral, ter animo para brincar com seus filhos e da atenção a sua esposa e assim ter uma vida de casado totalmente estruturada.

Iale Campos




Peça Teatral
O Indignado

O Indignado, relata temas a provocar indignação lancando provocações inéditas contra a crônica cara-de-pau, dissimulação, falta de vergonha e de educação de algumas rodas sociais, políticas e econômicas, sempre tratando de assuntos emergentes na sociedade.
Entre os temas levados ao palco estão as contradições da ansiedade de acompanhar os avanços tecnológicos; falta de consciência ecológica; insegurança, medo e violência nas cidades grandes; falta de educação e cordialidade nas relações sociais; busca obsessiva por juventude e valorização exacerbada da aparência; culto às celebridades instantâneas e busca desenfreada pela fama; além de tratar sobre os modelos de relacionamento, paquera e sexo na vida de hoje. Enfim é uma peça que retrata literalmente a vida de um Cidadão.


Ele citou, que Roberto Justos não pisca os olhos, que ele só faz falar, “Você está demitido”.
Relatou que ele foi ao Banco pedi um emprestimo de 12.000,00 e pagou por um ano 931,50.Depois de um ano ele voltou ao Banco para saber o quanto estava devendo, chegando lá, soube que estava devendo 12.600,00. Ele chingou a mulher toda, mandou ela refazer a conta, a moça refez e quando ela tentou explica-lo o porque, ele levantou-se e disse que ela estava louca.
Um momento engraçado é quando ele fala, que plasticas em idoso é uma coisa estranha, pois eles(as) ficam com a mesma cara.
Falou de Ana Maria Braga, que não sabe como ela num queima a lingua, porque come as comidas tudo quente, e para aliviar a situação manda chamar os “cachorros”.
E sem falar do trânsito, onde ele fala a mais pura verdade, que é, a de que ninguem se respeita, onde muitas vezes as pessoas se transformam em verdadeiros bichos.
Sem comentários quando fala sobre as músicas da atualidade, de uma maneira bem modesta para criticar, além de não ter conteúdo só tem refrão: “desce com a mão no tabaco”.
Por fim, é uma peça muito boa onde temos que parar e refletir sobre nossas atitudes do dia-a-dia, e enquanto cidadão buscar a melhora cada vez mais.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Luana Michele Andrade

O Indignado


O Indignado:



A peça é bem divertida e alto astral. A peça teatral retrata o nosso cotidiano, o que agente passa no nosso dia-a-dia e também acontecimentos pelo mundo, coisas essa que deixa a gente indignados. Uma peça que se a gente para pra analisar é isso mesmo que acontece no nosso cotidiano.
Os temas levados ao palco foram sobre: Os telemarketing, onde a gente liga para pedir informações ou reclamar de algum e nunca o problema é resolvido e ainda pede para a gente esperar um minuto, onde acaba de passando mais de 20 minutos e ainda tem aquela “musiquinha” infernal que ninguém suporta.
Relatou também sobre Ana Maria Braga que é uma coisa impressionante, que ela já vivi com a língua queimada pois ela acaba de fazer a comida, e certamente esta quente, mas ela não quer nem saber, come quente assim mesmo e pra aliviar a quentura manda chamar “os cachorros” pra dar uma aliviada.
Nem as musicas escapou, onde comenta que hoje em dia elas só tem refrão e nada de mais, como por exemplo “desce com a mão no tabaco”.
Falou que Lula ainda vai se confundir com a mulher dele Mariza com Marta Suplicy, pois elas são praticamente iguais, por que gente idosa que faz tanta plástica fica com a mesma “cara”.
Uma coisa que ele comentou que é isso mesmo que acontece é sobre o transito, que ninguém respeita ninguém e que os engarrafamentos cada dia esta pior.
Ate Padre Fabio ele citou na peca, disse que as mulheres ficam doidas, gritando jogando calcinhas pra ele, ai ele disse assim: se fosse eu, agarrava logo uma mulher.
Ele comentou que todo mundo diz e confunde ele com o cara da Propaganda da Primordial, mas que ele tem raiva disso, apesar do cara da Primordial ser amigo dele.( mas parece muito com ele mesmo )
Foram muitas historias que aqui não caberia, mas uma coisa que eu gostei muito, foi que ele interage com o publico e não deixa a peça ficar chata ou monótona. E ate ele mesmo não agüenta com as coisa que ele mesmo diz.
Peça como eu já disse, que retrata a vida de um cidadão revoltado com as injustiças sócias e as incertezas do cotidiano.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Albertina Paz

Jeremias, o profeta da Chuva

Na noite de Sábado, na sala do coro do Teatro Castro Alves, ocorreu uma peça, chamada Jeremias, o profeta da chuva, a peça em si tenta retratar a saga dos nordestinos, a luta diária pela vida, a solidão dos campos, dando ênfase à sabedoria do profeta da chuva, Jeremias é um desses homens sofridos do sertão que interpretava os sinais da natureza, prevendo se iria ocorre ou não a possibilidade de chover no sertão e realiza experiências para predizer se haverá bom ou mau inverno para a lavoura, a peça também faz tem um paralelo com o Jeremias da bíblia que anunciou a destruição de Jerusalém.
O cenário era um dos pontos fortes da peça, que tenta passar um pouco da cultura nordestina, como quadro de santos, uns bonecos de madeira, feiras livre, forró, repentistas e rezadeiras entre outros elementos místicos de cultura diversas, também tem a retratação do clima semi – árido, com a queda contínua de arreia, o uso de madeiras e diversas peculiaridades do povo nordestino. Outra particularidade, é o momento em que Jeremias é rezado e a rezadeira chega a bocejar. São detalhes quem para quem esta prestando atenção faz um pequeno comentário com o amigo do lado.
Apesar da peça ter personagens estereotipados, acho que até para um melhor entendimento do publico, ele é bastante poético e bastante popular.

Thássio

JEREMIAS O PROFETA DA CHUVA


“Alumiado" pelo lampião,
Acordar cedo e ir pra labuta.
Vem conhecer mais o sertão
Através de Jeremias o profeta da chuva.

Jeremias, cabra sabido
Na terra em que sol faz sofrer.
A natureza era seu maior livro
E era dela que ele dizia se ia ou não chover.

Homem do tempo no jornal, lá não existia
O povo confiava era na experiência de Jeremias,
Através da terra, vento, sonhos, pedras de santa Luzia
É onde ele descobre se ia fazer sol ou se chovia.

Deus no céu, Jeremias na terra
Até o cabra mais cético respeitava.
Provido de fé, suas experiência nunca erra
O que a mãe natureza decretava.

O sertão era tão real
Que eu já tava até sentindo calor,
E se não me falam que era peça teatral
Eu jurava que tava no meu interior.

Repentista, feira livre, rezadeira
Eu já me sentia em casa.
Bonecos, forró, lata d'água na cabeça
Até festa de reis, na peça se encontrava.

Objeto de madeira voando
Não sabia nem p/onde olhar
Era tanto detalhe tão brando
Que os "zoi" não parava de brilhar.

Apesar disso tudo
Vem uns "intelectuá", metido a sabido,
O povinho linguarudo
Disse que o assunto é muito abatido.

Que os personagem ta este...estere... estereotipados
Que a peça só tem angustia,
Esses críticos são uns abestaiados
E depois eu que tenho a mente rústica.



Acho que nem se tocaram
Do paralelo que a peça tem,
Que desde a "bíblia falavam"
Que Jeremias preveu o fim de Jerusalém.


Dias melhores, eram esperanças.
No sertão a maioria ficava.
A teimosia parecia de criança,
Mas não saiam de lá nem "no ultimo pau de arara"

E tava tudo lá, claramente distinguido
Resistente feito mandacaru
E é sem rima na próxima linha, por conta do termo pejorativo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Felipe Rufino

Na vida de Jeremias nada é fácil, vivendo no sertão, na cidade de Salvador dos Brejos, ele e seu povo passa por várias situações a espera de um sinal de chuva.
A história retrata a vida desse profeta, que na sua família também tinha seu pai como um grande profeta do passado, as situações representadas na peça, chamam atenção pelo fato de muito dos moradores da pequena cidade, acreditar muito nos sonhos e premonições de Jeremias, que se revolta muito, porque os mesmo não vendo a chuva chegar criticam suas visões, pois ele afirma que seria aquela uma época difícil para todos, e que não haveria chuva.
Encenada num cenário de muita pobreza e de muita carência a história e contada por personagens, que além do profeta, tem sua mulher, uma pessoa de bom coração que luta pela felicidade e a espera que seu marido lhe faça um filho, pelos vizinhos que junto com Jeremias procuram na natureza sinais para a chegada da chuva, para acabar com a seca que só levava areia e pó para suas patreleiras, e uma parenta que foi largada com um filho pelo marido, mas que como sonhadora acredita na volta do mesmo para a humilde cidadezinha.
Chamam atenção os bonecos de madeira de Olga Gomez. O figurino, coordenado por Carol Diniz, tem cores fracas que se adaptam ao universo sertanejo.
O lugar sertanejo, preparado a partir de recordações e pesquisas pela autora, é comovente e poético, mas falta algo para acrescentar a esse discurso do sertão sofrido e atrasado tão explorado em outras peças.

Rodrigo Casales

Espetáculo teatral do Festival Internacional de Artes Cênicas
“Jeremias, Profeta da Chuva”
Era tarde de sábado, dia 31 de outubro, e eu já tinha programação marcada para a noite, iria assistir um filme no cinema e partir pra um boteco ou uma boate da cidade, como faço todo fim de semana. Por volta das 17 horas, dois amigos me ligaram dizendo que estavam no Teatro Castro Alves comprando os ingressos para a última peça disponível no ultimo dia do Festival de Artes Cênicas da Bahia e que todas as outras cinco apresentações do dia já estavam com os ingressos esgotados, inclusive a que nos parecia ser o melhor espetáculo da noite, Rainha(s), duas atrizes em busca de um coração no Teatro Vila Velha; de imediato lembrei do trabalho para a disciplina, Cultura Baiana e Brasileira e tive que mudar o meu programa de sábado; Lissandra e Junior compraram os nossos ingressos e o de mais cinco amigos, o que acabou com os bilhetes para a apresentação.
Às 19 horas já estávamos no Campo Grande aguardando o horário da apresentação que começaria às 21 horas, a única informação que tínhamos sobre a peça é que narrava uma história Bíblica, o que provavelmente iria tornar a nossa programação uma chatice.
Antes de o espetáculo começar os atores fizeram o Suryanamaskar, coisa que na hora eu não sabia o que era, ainda que tenha achado bonito, mas hoje sei que foi uma saudação ao Sol por ele estar em todos os lugares mesmo quando está tudo escuro. E era assim que todo o palco estava, muito escuro, choviam grãos de areia que arriavam os baldes que por sua vez estavam amarrados a elementos que sumiam e/ou apareciam no cenário.
Jeremias era o maior profeta da região, todos acreditavam em suas visões e alguns até respaldavam as suas principais decisões em tudo que era dito por ele. Porém, Jeremias não fazia as suas profecias de maneira comum, como pressupõe se que seja através de sonho ou intuição. Jeremias fazia experiências com a natureza, estudava os ventos, os cantos dos pássaros, a teias de aranha que sua mulher era obrigada a deixar se criar em casa, as estrelas no céu e os cupins; eram esses últimos os bichos responsáveis pela experiência que mudou a minha visão sobre a peça. Jeremias analisava a areia com uma faca na busca de cupins que poderiam estar ali; foi quando ele viu que todos os cupins ainda estavam no chão o que significava que não iria chover, pois quando chove os cupins criam asas, asas de agradecimento a Deus por dias bons. Durante a apresentação surgem personagens que fazem um espetáculo a parte como o “Seu Lunário” que ensina como tornar a água aproveitável por pelos menos 3 vezes, “Graciliano” que sonha em aparecer na televisão com a arte que faz na sua bicicleta, e Dona Docha, uma rezadeira que me arrancou gargalhadas em todas as suas falas.
Mesmo com toda a luta pela sobrevivência, o que me causou uma reflexão sobre a nossa realidade, a realidade brasileira, os personagens vivem de maneira positiva com as suas músicas, seus rituais, festejos, com suas crenças e seus costumes.
No final da história a profecia de Jeremias, pra felicidade de todos, não acontece, assim então os cupins criaram asas.