terça-feira, 17 de novembro de 2009

Felipe Rufino

Na vida de Jeremias nada é fácil, vivendo no sertão, na cidade de Salvador dos Brejos, ele e seu povo passa por várias situações a espera de um sinal de chuva.
A história retrata a vida desse profeta, que na sua família também tinha seu pai como um grande profeta do passado, as situações representadas na peça, chamam atenção pelo fato de muito dos moradores da pequena cidade, acreditar muito nos sonhos e premonições de Jeremias, que se revolta muito, porque os mesmo não vendo a chuva chegar criticam suas visões, pois ele afirma que seria aquela uma época difícil para todos, e que não haveria chuva.
Encenada num cenário de muita pobreza e de muita carência a história e contada por personagens, que além do profeta, tem sua mulher, uma pessoa de bom coração que luta pela felicidade e a espera que seu marido lhe faça um filho, pelos vizinhos que junto com Jeremias procuram na natureza sinais para a chegada da chuva, para acabar com a seca que só levava areia e pó para suas patreleiras, e uma parenta que foi largada com um filho pelo marido, mas que como sonhadora acredita na volta do mesmo para a humilde cidadezinha.
Chamam atenção os bonecos de madeira de Olga Gomez. O figurino, coordenado por Carol Diniz, tem cores fracas que se adaptam ao universo sertanejo.
O lugar sertanejo, preparado a partir de recordações e pesquisas pela autora, é comovente e poético, mas falta algo para acrescentar a esse discurso do sertão sofrido e atrasado tão explorado em outras peças.

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